Câmara Municipal e Ordem dos Arquitetos colaboram na realização de congresso inédito em Ponta Delgada

O Presidente do Município, Pedro Nascimento Cabral, manifestou-se, esta quinta-feira, “extremamente agradado” com o entusiasmo demonstrado pelo Presidente do Conselho Diretivo Nacional da Ordem dos Arquitetos quanto à realização do 16.º Congresso dos Arquitetos na cidade de Ponta Delgada, entre os dias 2 e 4 de março, naquela que será a primeira vez que o evento decorrerá na Região Autónoma dos Açores e além do continente português.

“Fiquei extremamente agradado com o interesse e com a pertinência que a Ordem dos Arquitetos encontrou na cidade do Ponta Delgada para ser local do seu congresso. Temos, por isso, todo o prazer em colaborar e apoiar a realização desta iniciativa que reunirá mais de duas centenas de congressistas em torno do debate sobre a sustentabilidade do setor, abrindo o tema à sociedade civil”, afirmou o Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada.

Pedro Nascimento Cabral falava à saída de uma audiência com o Presidente do Conselho Diretivo Nacional da Ordem dos Arquitetos, Gonçalo Byrne, que teve lugar na Câmara Municipal de Ponta Delgada e da qual fez também parte o Presidente da Conselho Diretivo Regional da Ordem dos Arquitetos dos Açores, Nuno Costa.

“No nosso entender, eventos como este são também uma forma de enaltecer e de projetar o pensamento e o trabalho da atual classe de arquitetos, sempre um parceiro ativo e fundamental no que respeita ao desenvolvimento e valorização do edificado e património arquitetónico de Ponta Delgada”, frisou o autarca, sublinhando ainda o contributo estratégico do “turismo de congressos para esbater a sazonalidade turística” na Região em altura de época baixa.

Já o Presidente do Conselho Diretivo Nacional da Ordem dos Arquitetos, Gonçalo Byrne, deu nota da “excelente recetividade” com que o Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada acolheu os “objetivos e o programa vasto” do 16.º Congresso dos Arquitetos que se realizará no Teatro Micaelense, subordinado ao tema “Qualidade e Sustentabilidade: Construir o [nosso] futuro”.

“Quando se pensou onde é que se iria realizar este congresso, a Ordem dos Arquitetos, com o apoio da Secção Regional da Ordem dos Arquitetos dos Açores – que foi importante e decisivo –, achou que não haveria melhor local do que Ponta Delgada, porque há uma sintonia entre a temática da sustentabilidade e a própria realidade deste arquipélago”, afirmou Gonçalo Byrne.

“Esta será a oportunidade para discutir, entre todos, uma agenda comum pela ‘sustentabilidade’ – por uma sociedade sustentável, uma arquitetura sustentável, uma profissão sustentável”, reforçou o responsável, dando nota da “dimensão internacional” que o evento comporta e da proximidade que pretende ter com a própria população.

Tal como referiu, “o congresso vai atrair peritos, especialistas e convidados de todo o mundo” e estará combinado com ações destinadas à população como “um festival de cinema que incluirá documentários sobre os Açores que estão a ser restaurados e aqui serão exibidos pela primeira vez”, versando justamente a temática da sustentabilidade.

No final do 16.º Congresso de Arquitetos, acrescentou Gonçalo Byrne, resultará uma “declaração do trabalho realizado nos Açores sobre os temas que à arquitetura importam” que se pretende apresentada no Congresso da União Internacional dos Arquitetos, na cidade dinamarquesa de Copenhaga, em julho.

É também, por isso, “com grande satisfação” que o Presidente da Conselho Diretivo Regional da Ordem dos Arquitetos dos Açores, Nuno Costa, vê “o Congresso dos Arquitetos sair do território continental e, pela primeira vez, acontecer nos Açores”, um arquipélago “com caraterísticas únicas, ímpares, em matéria de sustentabilidade”.

Como sustentou, “os Açores têm todo um património natural que tem vindo a ser promovido - e até mesmo um subaquático que tem vindo a ser potenciado -, mas paralelamente tem todo um património arquitetónico e edificado que também merece um olhar atento”.

“Este congresso vem prestar uma centralidade e colocar tanto Ponta Delgada como os aglomerados açorianos no centro da discussão, fazendo-nos fazer parte do todo que é a Ordem dos Arquitetos”, advogou Nuno Costa, para quem a realização do evento na ilha de São Miguel é também “uma forma de promover a coesão territorial, social e cultural”.