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Fernando Marques Fernandes enaltece capacidade de mobilização e dinamismo da Associação de Solidariedade Social dos Professores
O Vice-presidente da Câmara de Ponta Delgada, Fernando Marques Fernandes, enalteceu, esta quarta-feira à noite, a ação desenvolvida pela Associação de Solidariedade Social dos Professores, a sua capacidade de mobilização e o dinamismo da respetiva direção e associados.
Fernando Marques Fernandes falava na cerimónia de lançamento do livro “Vidas - Mulheres Açorianas”, atividade Escrita Criativa da Delegação Açores da Associação de Solidariedade Social dos Professores, que decorreu na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada.
“Vidas – Mulheres Açorianas”, editado pela Publiçor/Letras Lavadas e coordenado por Ângela Furtado-Brum, foi apresentado por Teresa Medeiros no Dia Internacional da Mulher.
Segundo disse o Vice-presidenta da Câmara, o lançamento do livro em apreço “é a prova da capacidade de trabalho da Associação de Solidariedade Social dos Professores, que cumpre um propósito que é o propósito das sociedades modernas, que é o de promover, com a sua ação, a Educação ao longo da vida”.
Trata-se, adiantou Fernando Marques Fernandes, de uma “associação de professores e não de professores aposentados. Ser professor não é apenas uma profissão. É uma forma de estar na vida. E estes professores bem provam que quem o é nunca deixa de o ser”.
“Para ensinar, é preciso saber. Para saber, é preciso aprender. A Associação de Solidariedade Social dos Professores mostra que o aprender não tem tempo, nem idade” - sublinhou.
Elogiando o trabalho dos oito autores do livro, o Vice-presidente da Câmara de Ponta Delgada destacou o valor das biografias, porque dão a conhecer histórias, que podem servir de exemplo para o futuro.
“Os oito autores que produziram 18 biografias foram, também eles, obreiros exemplares de um repositório do conhecimento de 18 mulheres, dando conta de vidas que podem ser testemunhos para outras mulheres, cujas vidas merecem ser conhecidas, porque esse conhecimento pode contribuir para o progresso” - sustentou.
Para Fernando Marques Fernandes, a biografia é exemplar, porque “retrata a singularidade de uma pessoa que é um exemplo para toda a comunidade”.
Sobre o livro, afirmou que “não podia ser mais jubilosa a data de escolha para o seu lançamento (Dia Internacional da Mulher), numa cerimónia que é a expressão do reconhecimento da mulher. A mulher contém em si todos os predicados e as virtudes humanas, com uma diferença: a sua polivalência”.
“A mulher vale por si, vale pelos outros, vale por todos”. Foi essa a polivalência da mulher que Fernando Marques Fernandes pretendeu destacar na cerimónia desta quarta-feira à noite, ao mesmo tempo que recordou o facto de ainda “subsistir a discriminação. Em tudo o que seja discriminação da mulher, impõe-se um dever cívico de vizinhança, de combate à discriminação sobre as mulher. E é obrigação do poder público trabalhar neste sentido. A discriminação não é é uma abstenção, mas sim uma realidade” - disse.
Fernando Marques Fernandes, em jeito de conclusão, renovou o elogio ao trabalho desenvolvido pela Associação de Solidariedade Social dos Professores que, “fazendo o que deve fazer, faz o melhor que se deve fazer”.
Inspirando-se nas palavras de Natália Correia, mais precisamente no poema “A Defesa do Poeta”, realçou o facto da cerimónia de lançamento do livro em referência ocorrer precisamente no Dia Internacional da Mulher, o que revela bem “a expressão da mulher e o leque da nossa esperança. A mulher é o símbolo da nossa diferença”.
“Vidas – Mulheres Açorianas”, obra é prefaciada pelo escritor Urbano Bettencourt, é uma antologia biográfica de dezoito mulheres açorianas ou que viveram nos Açores. São elas: Alice Atayde, Amélia Enes, Ana Braga, Ângela Alonso, Cecília do Amaral, Cecília dos Santos, Djuta Ben-David, Silvina ‘Iracema’ de Sousa, Leonor Frazão, Margarida Garcez, Maria do Rosário Nascimento, Maria Teodora Borba, Mère Paul du Christ, Natália Almeida, Natália Correia, Olga Lopes, Regina Tristão da Cunha e Rosa Fontes.
Todas essas mulheres são reconhecidas pela sua paixão pelo ensino e educação, pela cultura e artes, pela sua força, coragem e amabilidade na sua luta pelas dificuldades da vida, estas mulheres, umas (re)conhecidas pela sociedade açoriana, outras anónimas, mulheres comuns do quotidiano, mas amadas e respeitadas na localidade onde viveram, todas elas, à sua maneira, contribuíram para o bem-comum e fizeram do seu mundo um lugar melhor.