Maria José Lemos Duarte valoriza “reflexão e debate público” sobre a candidatura Azores 2027

A Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada destacou o “contributo que a sociedade civil está a dar para a reflexão e o debate público” sobre a candidatura Ponta Delgada| Açores a Capital Europeia da Cultura 2027 – Azores 2027. Segundo Maria José Lemos Duarte, está a crescer o “envolvimento e a mobilização” em torno do projeto.
A autarca, que falava ontem na inauguração da exposição da Fundação de Serralves “Corpo, Abstração e Linguagem na Arte Portuguesa”, patente no Centro Municipal de Cultura até 28 de agosto, sustentou que esta evidência decorre das iniciativas organizadas livremente pelos cidadãos para refletir e debater a Cultura em Ponta Delgada e nos Açores, bem como da ampla participação nos eventos promovidos pelo Azores 2027.
“O propósito desta candidatura é afirmar a importância da Cultura para o desenvolvimento da Região e trazer a expressão artística e a criatividade para um espaço comum. Este projeto já está a estimular a identificação de oportunidades, o reconhecimento de capacidades e a expressão de vontades e expetativas”, afirmou.
Maria José Lemos Duarte explicou que este trabalho tem sido promovido, por exemplo, através de iniciativas como “Porta Aberta”, que acontece todas as sexta-feiras na sede da candidatura, em Ponta Delgada, ou “Laboratório de Imaginação Partilhada”, através do qual agentes de vários setores da sociedade e de todas as ilhas, bem como artistas e agentes culturais açorianos a viverem fora do arquipélago, partilham as suas ideias e propostas.
A Presidente da autarquia expressou também a sua expetativa de ver reforçada a parceria com Fundação de Serralves, da qual a Câmara Municipal de Ponta Delgada é Câmara Fundadora desde 2010, no âmbito da candidatura Ponta Delgada| Açores a Capital Europeia da Cultura 2027, nomeadamente com a sua “capacidade de promoção da cultura contemporânea, relevância no país e projetação internacional”.
A exposição “Corpo, Abstração e Linguagem na Arte Portuguesa”, composta por obras de Álvaro Lapa, Ana Jotta, René Bertholo ou António Dacosta, entre outros autores, representa os primórdios da constituição da Coleção de Serralves e uma perspetiva muito singular sobre a arte produzida em Portugal entre as décadas de 1960 e 1980.
Com curadoria de Marta Moreira de Almeida e Joana Valsassina, a mostra pode ser visitada de segunda a sexta-feira, de 09h00 às 17h00, e aos sábados, entre as 14h00 e as 17h00, sendo uma oportunidade para compreender a importância que a pintura e a escultura tiveram ao longo deste período na renovação das linguagens artísticas em Portugal.
Em 2016 a Fundação de Serralves expôs em Ponta Delgada “Música e Palavras - Obras da Coleção de Serralves”, seguindo-se, em 2017, a mostra "Que sais-je?: Livros e Edições de Artista da Coleção de Serralves", ambas no Coliseu Micaelense.