Câmara de Ponta Delgada aprova Voto de Congratulação pelos 30 anos da Livraria SolMar

A Câmara Municipal de Ponta Delgada aprovou, por unanimidade na reunião ordinária desta semana, um Voto de Congratulação pelos 30 anos de atividade contínua da Livraria SolMar, proposto pela vereação do PSD, ao qual a vereação do PS se associou.
A Livraria SolMar abriu portas a 21 de março de 1991, no centro comercial com o mesmo nome, em Ponta Delgada.
Fundada por José Carlos Frias, Albano Pimentel e José Garcia, a SolMar abre com a presença do escritor António Lobo Antunes, que apadrinha a inauguração ao lado do escritor humanista açoriano, Daniel de Sá.
A escolha da data de abertura foi ao mesmo tempo simbólica e arrojada: simbólica, porque se assinalava o Dia Mundial da Poesia e, naquele ano, também, a chegada da Primavera; e arrojada, porque, com a sua abertura, a Livraria SolMar fazia a viragem do conceito de livraria nos Açores, com uma agenda de eventos pioneira no setor, que veio transformar uma realidade cultural muito diferente da dinâmica que Ponta Delgada hoje conhece. Abre, também, com um quiosque Internet, dando assim acesso mais rápido aos leitores açorianos ao leque de escolhas de autores e géneros disponíveis nos mercados nacional e internacional.
Cinco anos após a sua abertura, a SolMar passa a ocupar o espaço que hoje todos conhecemos. Na mesma altura passa para a propriedade do seu mais jovem sócio, José Carlos Frias que mantém a missão e a determinação em continuar a transformar o panorama das artes e letras nos Açores.
Na década de 1990 traz a Ponta Delgada o então mais recente Nobel da Literatura, José Saramago, enchendo a Academia das Artes com mais de 700 pessoas. Mas, pelas sessões culturais da livraria passam outros nomes tão distintos como Eugénio de Andrade, José Cardoso Pires (Prémio Pessoa) e Mia Couto.
Inova ao organizar lançamentos de livros de açorianos como Emanuel Félix, João de Melo, Manuel Ferreira ou Vamberto Freitas e, entre esses livros, divulga, também, as artes plásticas com outros nomes sonantes como Tomaz Borba Vieira ou Urbano. Além disso, chama ao debate público e aberto leitores, escritores e figuras do pensamento açoriano.
Há 6 anos estabelece uma parceria comercial com o grupo editorial “Leya” e amplia a diversidade de conteúdos e de autores ao público açoriano.
Em 2020, da livraria, até à data conhecida por SolMar Artes e Letras, é criada a editora “Artes e Letras”, com publicações próprias, como As Ilhas Desconhecidas de Raúl Brandão, gerida por Helena Frias.