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Presidente da Câmara quer Sete Cidades como centro de investigação científica sem esquecer o reconhecimento turístico e ambiental

Presidente da Câmara quer Sete Cidades como centro de investigação científica sem esquecer o reco...
02 Novembro 2017
Lubélia Duarte

José Manuel Bolieiro defendeu, esta terça feira, que a freguesia das Sete Cidades, paralelamente ao reconhecimento turístico e ambiental, deve afirmar-se como centro de investigação científica de excelência.

O Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada falava durante uma reunião, realizada nos Paços bdo Concelho, com os representantes dos novos proprietários do Hotel Monte Palace, na qual também participaram o Vice-Presidente, Humberto Melo e técnicos da Autarquia.
De referir que a defesa do Presidente da Câmara de Ponta Delgada, no sentido de afirmar as Sete Cidades como um centro de investigação científica, vem ao encontro do que se defende no livro que o Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores (OVGA) lançou, com o apoio da Autarquia sobre o vulcão das Sete Cidades.
A obra, que quer dar a conhecer um dos principais locais turísticos do arquipélago, conta, narra e descreve como é que apareceu o vulcão das Sete Cidades e como é que ele evoluiu ao longo dos milénios.
Um dos autores do livro “História Natural do Vulcão das Sete Cidades”, que teve a colaboração de vários investigadores da Universidade dos Açores, é o conhecido vulcanólogo Victor Hugo Forjaz, responsável pelo OVGA.
Ao longo de mais de 180 páginas é apresentado o vulcão, que começou por ser submarino, abordada a hidrogeologia do local, nomeadamente a formação de ribeiras, nascentes, e a parte do termalismo, na Ferraria.
A obra refere, por outro lado, a caracterização da ocupação humana daquele grande maciço, que resultou da atividade de três grandes vulcões, e o vulcanólogo defende que existem “folhetos turísticos com informação, mas falta uma obra de maior folgo científico”.
Aliás, Victor Hugo Forjaz defende mesmo que as Sete Cidades devem ser um centro dse investigação científica.
Entretanto, na reunião acima referida, em que os representantes da empresa asiática que comprou o “Monte Palace” apresentaram à Câmara Municipal a intenção de investimento em concertação com o seu Presidente da Autarquia, à semelhança do que havia sido transmitido em contactos mantidos anteriormente entre ambas as partes.
Foi precisamente neste sentido que José Manuel Bolieiro fez questão de referir que a sua intenção é a de afirmar as Sete Cidades como centro de investigação científica, além do reconhecimento ao nível do interesse turístico e ambiental que já tem.
Foi referido pelos representantes da empresa proprietária do “Monte Palace” que este não será um hotel convencional e que, mais do que um hotel, será um polo dinamizador do conhecimento científico, aproveitando o que já existe nas Sete Cidades.
A componente científica será realizada em parceria com a National Geographic, com a qual o grupo de investidores desenvolve contactos, na sequência de outros já realizados por José Manuel Bolieiro.
Os novos proprietários do “Monte Palace” solicitaram à Câmara de Ponta Delgada um pedido de informação prévia, tendo o Presidente José Manuel Bolieiro afirmado a disponibilidade da Autarquia no sentido de acelerar o processo.
Recorde-se que o “Monte Palace” foi vendido pela holding Oitante, que ficou com os ativos do Banif não transmitidos ao Santander Totta durante a aplicação de uma medida de Resolução, a empresários asiáticos.
O “Monte Palace”, o primeiro hotel de cinco estrelas dos Açores, está em elevado estado de degradação, e foi para o mercado por 1,5 milhões de euros.
A propriedade do “Monte Palace” é constituída pelo hotel e por três prédios rústicos, “constituídos por mata quase na sua totalidade”, dentro de uma área de implantação de 2.396 metros quadrados e de construção que supera os 13 mil metros quadrados.