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Prémio Literário é a “expressão de uma gratidão que devemos” a Natália Correia

Prémio Literário é a “expressão de uma gratidão que devemos” a Natália Correia
22 Janeiro 2021

O Prémio Literário Natália Correia, apresentado ontem por Maria José Lemos Duarte, é “a expressão de uma gratidão que é permanente, porque não se esgota, e que devemos a uma figura eminente do pensamento e da cultura portuguesa contemporânea”, afirmou a Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada.
A sessão de apresentação do Prémio, onde participou o Vereador da Cultura, Paulo Mendes, decorreu no Centro Natália Correia, na Fajã de Baixo, sem a presença de público, dadas as contingências atuais, mas com transmissão em direto no Facebook e no Youtube da autarquia. Na ocasião, a Presidente lembrou a vida, a obra e o pensamento de alguém que “marcou uma geração e continua a inspirar outras”.
Maria José Lemos Duarte destacou o “orgulho” que é para Ponta Delgada ser a cidade-berço de Natália, que “afirmou o seu pensamento desassombrado, provocador e ativista” e que “nos fez o favor de deixar uma obra que se desdobra em vários géneros, como a poesia, a dramaturgia, o romance ou o ensaio”, através dos quais “procurou quebrar tabus, indignar espíritos ou denunciar o puritanismo e a moralidade pública”.
“Natália é e será eternamente ‘a nossa’ e esta condição é uma responsabilidade para todos nós, poder público e sociedade civil”, afirmou a Presidente da autarquia, que anunciou uma “celebração condigna em torno da poeta”, com início este ano e até 2023, ano do centenário do nascimento de Natália Correia, com conferências, debates e um colóquio internacional sobre a sua vida, obra e pensamento.
O Prémio Literário, que marca o arranque desta celebração, "homenageia e celebra a poeta e escritora como inspiração para a criação poética e literária na Língua Portuguesa".
Com periodicidade anual, o Prémio é aberto a autores com idade mínima de 16 anos, de todas as nacionalidades, com obras originais e inéditas redigidas em Língua Portuguesa. Tem uma alternância, também anual, entre a produção poética e o domínio da narrativa (romance e conto). Este ano, é dedicado à produção poética, “o género a que por referência se definia a poeta".
Ao vencedor é atribuído um prémio com o valor pecuniário de 7.500 euros e a publicação da obra vencedora.
“A abertura à diversidade cultural e de pensamento traduz a nossa ambição de acrescentar mais Mundo ao reconhecimento internacional da riquíssima obra de Natália Correia, em especial o do vasto e culturalmente próximo espaço da Lusofonia”, explicou, frisando que o Prémio “reafirma Ponta Delgada não só como Cidade de Poetas, mas também como lugar de cultura, de arte e de um modo singular de olhar o Mundo”.
Ângela Almeida, Diniz Borges, Lélia Nunes, Luís Sarmento e Vera Duarte são os membros do júri do Prémio Literário Natália Correia que “quer premiar a qualidade e a excelência poética”.
A apresentação pública do Prémio contou com um momento de declamação de poesia de Natália Correia por Ângela Almeida (Inédito) e Eleonora Duarte (Auto-retrato), e um momento musical com o professor Luís Abrantes (Alaúde) e a aluna Leonor Pereira (Voz), ambos do Conservatório Regional de Ponta Delgada.
Catarina Alves executou, ao vivo, a escultura “Mensageira da Liberdade – A voz que não conseguiram calar”, concebida em homenagem a Natália Correia.
As candidaturas ao Prémio Literário Natália Correia decorrem até 31 de março. O regulamento pode ser consultado no portal da autarquia (http://bit.ly/regulamentopremioliterario).