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Terceira edição do Arquipélago de Escritores decorre online até 20 de dezembro e homenageia Álamo de Oliveira

Terceira edição do Arquipélago de Escritores decorre online até 20 de dezembro e homenageia Álamo...
18 Dezembro 2020

A terceira edição do Arquipélago de Escritores está a decorrer desde quinta-feira, prolongando-se até domingo, este ano em formato online (https://www.facebook.com/ArquipelagoEscritores/), devido à pandemia.
O encontro é uma iniciativa da Câmara Municipal de Ponta Delgada, tem a produção da StorySpell e o apoio da Direção Regional da Cultura e da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo. Teatro Micaelense, RTP Açores e Alga Viva Produções são perceiros da iniciativa.
Na abertura do encontro, o Vereador da Cultura da Câmara de Ponta Delgada, em representação da Presidente, Maria José Lemos Duarte, disse que esta iniciativa celebra “a riqueza de um território como lugar de autores e de literatura de excelência, que ultrapassa os seus limites territoriais, e lugar de encontro de culturas diversas, contribuindo para a construção de novas centralidades culturais”.
“Este ano a universalidade ganha um novo impulso, porque pode ser acompanhada e participada online em qualquer parte do mundo, o que abre novas e inspiradoras perspetivas para uma conversa ainda mais global a partir dos Açores, dos seus autores e da sua prática literária” – referiu.
O Arquipélago de Escritores homenageia este ano Álamo Oliveira, escritor que o Vereador considerou como “figura incontornável da nossa cultura açoriana, que assumiu a utilidade política e social da escrita e que muito nos honra com a sua capacidade ímpar de nos estimular para a reflexão”.
“Com poesia e prosa traduzidas para inglês, francês, espanhol, italiano, esloveno e croata, Álamo de Oliveira é o exemplo vivo da nossa universalidade, tendo sido o primeiro português convidado, em 2002, a lecionar a sua própria obra aos estudantes de Língua Portuguesa da Universidade da Califórnia” - frisou.
Felicitou o escritor terceirense pela homenagem, mas “sobretudo pelo inestimável contributo da sua rica e vasta obra para a literatura e para a cultura açorianas”.
Referindo-se ao Arquipélago de Escritores, Paulo Mendes disse que o mesmo “irá superar as nossas melhores expetativas. Foi assim nas duas primeiras edições, levando a que este encontro literário assuma já um lugar de destaque na vida cultural do município, envolvendo toda a comunidade cultural num lugar comum de partilha, interação, diálogo e reflexão”.
O Vereador afirmou, ainda, que a Câmara de Ponta Delgada, consciente dos constrangimentos decorrentes da pandemia para o mercado livreiro, respondeu com prontas medidas, nomeadamente o “Vale Ler PDL”, a aquisição de mais 200 títulos junto das editoras do concelho, que estão a ser distribuídos por diferentes instituições sociais e redes de ATL, e o apoio à edição e publicação de livros com vista, também, à atração de novos públicos para a leitura, dos quais destacou “Sala de Espelhos”, de Urbano Bettencourt, presente no encontro.
Iniciativas como esta, que a Câmara Municipal de Ponta Delgada acolheu desde a primeira hora, “contribuem para a afirmação cultural do concelho e de todas as ilhas, da açorianidade e do contributo ilhéu, atlantista e universalista dos escritores e autores açorianos para a promoção e valorização da Língua Portuguesa e da lusofonia” - frisou.
Ao escritor Nuno Costa Santos, diretor do encontro, deixou palavra de apreço e de reconhecimento pela criatividade e empenho na adaptação do evento às plataformas digitais, mantendo a sua natureza diversificada, participada e acolhedora.
Entretanto, Nuno Costa Santos, da StorySpell, afirmou que o Arquipélago de Escritores mantém a sua vocação para reforçar a realidade e a convicção de que os Açores são um lugar de autores de excelência e de reunião de literaturas diversas e para promover mesas sobre temas que os livros suscitam.
A iniciativa do Município prolonga-se até domingo, 20 de dezembro, e contará com uma conversa com donos de livrarias em tempos pandémicos, uma entrevista à romancista, poeta e ensaísta americana Siri Hustvedt, outra ao suíço Joël Dicker, uma mesa sobre o 25 de Abril com quem escreve sobre o tema e um concerto de Felix The First, songwriter açoriano de respiração universal, entre outros momentos.
Haverá também uma conversa com Urbano Bettencourt tendo como referência o livro de ensaios que publicou recentemente pela Companhia das Ilhas, “Sala de Espelhos”.