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Dor Crónica “é uma realidade que deve preocupar o quadro da saúde nos Açores”
A Vereadora da Câmara Municipal de Ponta Delgada (CMPD) Cristina Canto Tavares defendeu, esta sexta-feira, que a Dor Crónica é uma patologia que ainda é interpretada com algum desconhecimento e de forma preconceituosa, sendo merecedora de maior atenção nos domínios da saúde na Região.
“É preciso que, neste aniversário da Associação de Doentes de Dor Crónica dos Açores, se continue a erguer a bandeira contra o preconceito de quem encara a dor do outro como um capricho. É preciso agitar consciências para o entendimento de uma realidade que deve preocupar o quadro da saúde nos Açores”, advogou a autarca.
Cristina Canto Tavares falava na celebração do 17º aniversário da Associação de Doentes de Dor Crónica dos Açores (ADDCA) que teve lugar na sede da instituição, em Ponta Delgada.
“A Dor Crónica apela a que, a par da continuidade de uma abordagem médica, técnica e multidisciplinar junto de quem sofre dela, se insista no alterar das mentalidades, na defesa de que todos nós, enquanto cidadãos, instituições privadas de solidariedade social, empresas e governantes podemos agir para mitigar as repercussões ou sintomas (porque não?) sociais e económicos que esta doença traz consigo”, asseverou a Vereadora, frisando que “o Orçamento Municipal, em preparação para 2023, terá a área social como prioridade”.
Como ressalvou, “este será o maior orçamento que a Câmara Municipal de Ponta Delgada já dotou para a área social, visando responder aos muitos desafios que o próximo ano promete trazer, mas para os quais estamos preparados, contemplando e mantendo, naturalmente, os apoios a instituições como a da Associação de Doentes de Dor Crónica dos Açores”.
Portanto, concluiu, “contem com o Município de Ponta Delgada, para continuar a construir convosco a literacia da Dor, a favor da inclusão”.
A ADDCA foi a primeira associação de doentes de Dor Crónica a ser criada em Portugal e a segunda na península ibérica. Segundo os estudos epidemiológicos mais recentes, esta é uma patologia que afeta mais de três milhões de portugueses.