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Cimeira Feminina refletiu lugar da mulher na sociedade açoriana e no mundo

Cimeira Feminina refletiu lugar da mulher na sociedade açoriana e no mundo
09 Março 2020

A Cimeira Feminina 2020 assinalou este domingo o Dia Internacional da Mulher, numa iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Ponta Delgada e da GESTA - Associação para o Desenvolvimento Cultural.
Tendo como palco o Centro Natália Correia, na Fajã de Baixo, a Cimeira contou com a presença de algumas dezenas de mulheres e homens, tendo como principal objetivo refletir o lugar da mulher na sociedade açoriana e no mundo.
Na sessão de abertura, a Vereadora da Cultura, Maria José Lemos Duarte, em representação do Presidente da Câmara de Ponta Delgada, Humberto Melo, defendeu que a autarquia se associou a esta iniciativa porque se revê nos objetivos socioculturais subjacentes à mesma e nos efeitos concretos que daí podem, e devem, advir.
Sublinhou o papel da GESTA na escolha de um leque de mulheres influentes, representativas do universo social, cultural e profissional, destacando a ação diária das mesmas "na defesa dos interesses da igualdade de género, quer pelo vosso exemplo de cidadania, de mulheres de cultura, mas sempre e acima de tudo, como exemplos do que é ser Mulher".
"Hoje, no nosso país, a percentagem de mulheres que frequentam o ensino superior, é superior à dos homens! O caminho foi longo e difícil, mas hoje em dia as mulheres estão em lugares de destaque por mérito próprio, nos negócios, na comunicação social, em cargos dirigentes, na política e nas demais áreas de atividade da nossa sociedade" - sustentou.
No entanto, segundo a Vereadora, "a igualdade tem de ser sensibilizada junto das novas gerações, incentivada e praticada nas famílias, na rua, nas escolas, nos locais de trabalho. Mais do que um direito, a igualdade faz parte de um processo sociocultural que, como tal, tem um tempo de maturação".
Por isso mesmo, adiantou, "o Dia Internacional da Mulher é muito mais do que uma efeméride no calendário. Cabe a nós, poderes públicos, associações, sociedade em geral, aos homens e a cada uma das mulheres fazer prevalecer esta data e o seu significado tão concreto no nosso progresso social e no progresso da humanidade".
Maria José Lemos Duarte sustentou que "há ainda muito a ser feito para se atingir a tão proclamada igualdade entre homens e mulheres. Mas, é preciso recordar que a igualdade que queremos é a de direitos e de oportunidades. Nós, mulheres não queremos, nem podemos ser iguais aos homens. Nós, mulheres, somos diferentes! Nós homenageamos, também, essa diferença, hoje e aqui".

Conclusões da Cimeira

Ao longo dos trabalhos da Cimeira Feminina 2020, em que se destacou o papel da Câmara Municipal de Ponta Delgada na divulgação das mulheres artistas, das mulheres da Cultura em geral, as participantes defenderam uma sociedade equitativa, mais equilibrada e mais justa.
Defendeu-se que, numa altura em que são cada vez mais as mulheres a frequentar o Ensino Superior e a exercer cargos dirigentes na política, na economia e em muitos outros setores de atividade, ainda se torna necessário assinalar o Dia Internacional da Mulher pelo facto de também serem os elementos dos sexo feminino os que auferem salários mais baixos e mais sofrem com o flagelo do desemprego.
Foi ainda referido que o Dia Internacional da Mulher não pode ser interpretado como tantos outros dias assinalados no calendário e que a igualdade que tanto se defende pode e deve ir além da letra de lei, devendo ser posta em prática na família, na rua e nos locais de trabalho.
Por isso mesmo, a luta só terminará quando a igualdade for efetiva. Uma igualdade de direitos, porque as mulheres não querem ser iguais aos homens - "temos muito orgulho em ser mulheres".
Durante a Cimeira, recordou-se o papel da mulher na sociedade; o hoje e o ontem; o por quê de ainda se comemorar o Dia Internacional da Mulher - as mulheres que continuam a sofrer maus tratos, que são vítimas de violência doméstica; o papel da mulher mãe/trabalhadora; os estereótipos; o poder da mulher na Cultura, na Política, na Economia, na Saúde.
No fundo, o que as mulheres querem é ter voz, sobretudo numa altura em que "a mulher é considerada como uma minoria numerosa".
Recorde-se que foram três os painéis da Cimeira Feminina 2020. O primeiro, subordinado ao tema "Empoderamento e Desafios", teve como moderadora Leonor Sampaio da Silva, contou com a participação de José Carlos Jorge e teve como oradoras Ângela Almeida, Isabel Albergaria, e Fernanda Mendes.
O segundo painel, com o tema base "Arte e Cidadania", teve a participação de Pedro Gomes, foi moderado por Avelina Ferreira e teve como oradoras Leonor Sampaio da Silva e Nina Medeiros. Estava prevista a presença de Lena Gal que se deslocava a Ponta Delgada propositadamente para participar na Cimeira, mas que acabou por cancelar por motivos de saúde.
O último painel foi subordinado ao tema "Direitos Humanos e Desigualdade", tendo sido moderado por Amélia Lopes. Contou com a participação de Aníbal Pires e teve como oradoras Leonor Anahory, Conceição Lopes, e Piedade Lalanda.
No decorrer da Cimeira, os convidados do género masculino tiveram uma participação ativa e declamaram poesia, em pleno manifesto solidário por esta data, personificando o modo como olham a mulher e o seu papel social: com igualdade e respeito.