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Utentes da Casa dos Manaias presenteiam cidade de Ponta Delgada com presépio

Utentes da Casa dos Manaias presenteiam cidade de Ponta Delgada com presépio
05 Dezembro 2019

A Câmara Municipal de Ponta Delgada inaugurou, esta tarde, o Presépio da Casa dos Manaias.
Este ano localizado na Rua Diário dos Açores, o “incrível” Presépio de Natal do Projeto de Inclusão Social “Casa dos Manaias” “representa a fé, a sagrada família, mas também a identidade das nossas tradições enquanto povo”, como sustentou o Presidente da Câmara Municipal.
Foi idealizado e executado pelos utentes e pelos colaboradores da “Casa do Manaias” e é visto por José Manuel Bolieiro como que uma “oferta à cidade” e uma forma de os sem abrigo demonstraram as suas competências, desmistificando algumas ideias preconcebidas.
Resulta da “boa vontade, talento e dedicação”, reunindo trabalhos desenvolvidos no âmbito do referido projeto de inclusão social.
Destaque para os trabalhos em barro, para a utilização de material natural, reciclável e simbólico, como as peças executadas por antigos utentes.
A alegria dos utentes da “Casa do Manaias” por verem o seu trabalho apreciado por milhares de pessoas é evidente e motivadora, o que se torna gratificante para a edilidade, que agradece a cedência do espaço para a instalação do presépio.
O presépio pode ser apreciado na Rua Diário dos Açores, no edifício da antiga Livraria Gil, de 2.ª a 6.ª feira, entre as 10h30 e as 17h30. No dia 8 de dezembro estará aberto entre as 14h00 e as 22h00. A entrada é gratuita.
Durante as últimas quatro semanas que os utentes e a equipa da “Casa Manaias” se dedicaram à estrutura e à decoração do Presépio, aproveitando-se de materiais naturais para o embelezar e manter a mística da quadra natalícia, nomeadamente, a casca e troncos de árvores, o musgo, o cascalho, o farelo, palha, as típicas rochas, os cedros e pinheiros, e sobras do corte da antiga árvore centenária na edificação da gruta e do presépio no seu todo.
É composto na sua totalidade por 4 centenas de peças construídas pelos utentes desde 2015, que tem vindo a ser alvo de aperfeiçoamento, primor e novidades ao longo dos anos.
Estão presentes elementos típicos da ilha de São Miguel como a matança do porco, os foliões, a Banda Filarmónica, as tradicionais romarias com a presença de um rancho de Romeiros e um conjunto de figuras que representam as profissões tradicionais. Está presente um conjunto de casas construídas pelos utentes em contraplacado marítimo e em casca de pinheiro (imitação da pedra), três peças animadas (dois moinhos e uma cascata/ribeira), piões de milho e a réplica da igreja das Sete Cidades. O cenário ganhou cor com as tradicionais peças e figuras, as verduras e com a iluminação das casas e do espaço em si, pela equipa de eletricistas da CMPD.