Passar para o Conteúdo Principal Top
Ponta Delgada
Câmara Municipal de Ponta Delgada
Câmara Municipal de Ponta Delgada Porta de Futuro
  • facebook
  • youtube
  • instagram
  • twitter
Hoje
Máx C
Mín C

Apresentações da antologia poética de Resendes Ventura, nome literário de Manuel Pereira Medeiros, 'As Palavras Que Eu Sou'

09 a 11 Mar '23

Apresentações da antologia poética de Resendes Ventura, nome literário de Manuel Pereira Medeiros, "As Palavras Que Eu Sou", na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, e na Casa do Povo de Água Retorta, de onde o autor era natural, respectivamente.

“As Palavras Que Eu Sou” – Antologia de poesia de Manuel Pereira Medeiros – será lançada em Ponta Delgada e Água Retorta

No dia 9 de Março na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, às 18:00h, e no dia 11 às 17:00h, na Casa do Povo da Junta de Freguesia de Água

Retorta, será apresentado o livro “As Palavras que eu Sou”, da autoria de Resendes Ventura, nome literário de Manuel Pereira Medeiros.

Ambas as sessões serão apresentadas pelos Doutores José Luís Brandão da Luz e Urbano Bettencourt. Já o momento de leitura de poemas será feito por Eleonora

Marino Duarte, na Biblioteca Pública de Ponta Delgada, e por Dalida Carreiro na Casa do Povo de Água Retorta.

O presente volume, como explica Fátima Ribeiro de Medeiros, mulher do autor e coordenadora da obra, no prefácio, compila 498 textos poéticos, o que vem

contrariar a opinião de alguns leitores de que o poeta escreveu pouco. Alguns foram dados a ler anteriormente, parte deles no blogue “Chapéu e Bengala”, uns

poucos na “Revista Insulana, vol. 69”, 2013, e nos pequenos livros “A Noite Enlouqueceu o Silêncio” e “Hoje que a Solidão Já Não Me Pesa”, tem tido uma divulgação muito restrita e efémera, o que justifica a sua inclusão nesta obra.

Encerra com os 23 poemas que constituem A Noite Enlouqueceu o Silêncio”.

As composições aqui reunidas formam, assim, uma parte substancial e decisiva da obra poética de Resendes Ventura, constituindo, com os poemas inéditos, saídos dos prelos em 1963 (“Passos de Viagem”), em 1993 (“Mãe d’Água”) e em 2009 (“Papel a Mais”), um todo que a partir de agora pode ser lido na sua verdadeira amplitude e intencionalidade.

Arrumados por décadas, os poemas aqui estão, deixando ver uma voz lírica que não esconde nem mascara sentimentos, expondo-se despida de encobrimentos:

homem inteiro que não soube nem quis afastar da sua poesia afectos, infortúnios, prazeres, inseguranças, alegrias, tristezas, dissabores, doenças, desenganos,

fidelidades, amores, oscilando entre as raízes pessoais, quer humanas quer vindas da mãe-natureza, e os frutos que ao longo da vida foi colhendo, atenuando a fronteira entre público e privado.

Resendes Ventura é o nome literário de Manuel Pereira Medeiros (Água Retorta, Povoação, 14.01.1936; Setúbal, 23.10.2013), criado para a sua escrita literária em

1968, quando definiu um novo rumo para a sua vida, entre o jovem sacerdote Manuel Pereira, ordenado em Agosto de 1959, que, na década de 1960, oficiava

na Matriz de Ponta Delgada e leccionava Religião e Moral no Liceu Antero de Quental daquela cidade, e o livreiro Manuel Medeiros que animou a vida cultural

de Setúbal a partir de 1970. Saiu dos Açores em 1968 e instalou-se em Lisboa, em busca de um novo caminho, tendo escolhido trabalhar no desenvolvimento da

leitura depois de tentar o jornalismo, de que desistiu por ter encontrado o obstáculo, para ele intransponível, da censura. No começo de 1969, na capital, iniciou o seu trabalho de livreiro na Livraria Nosso Tempo. Em finais de 1970 instalou-se definitivamente em Setúbal. Nesta cidade fundou, em Julho de 1973, juntamente com Fátima Ribeiro de Medeiros, a livraria Culsete, que viria a tornar-se um dos pólos culturais relevantes da região; onde se manteve em actividade até aos últimos meses de vida. Ao longo do tempo, nos Açores e no continente, colaborou com inúmeras publicações periódicas, sendo de referir Pensamento, Euntes, Correio dos Açores, Diário dos Açores, Correio da Horta, O Telégrafo, O Dever, A-Z, Missões, Livros de Portugal, O Setubalense, Atual, Jornal de Setúbal. Manteve rubricas em várias estações de rádio (Emissor Regional dos Açores, Rádio Voz de Setúbal, Rádio Azul); escreveu prefácios para livros de outros escritores, textos de divulgação e almas de polémica, num exercício consciente de cidadania. Da sua obra poética publicada destacam-se “Passos de Viagem” (1963), “Mãe d’Alma” (1993) e “Papel a Mais” (2009).

Ana Oliveira

Gabinete de Comunicação da Letras Lavadas

Horário:

9 de março (Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada), 18h00 e 11 de março (Casa do Povo da Junta de Freguesia de Água Retorta), 17h00.

Local:
Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada (9 de março) e Casa do Povo da Junta de Freguesia de Água Retorta (11 de março)
Preço:

Entrada gratuita