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José Manuel Bolieiro orgulhoso por celebrar a independência de Portugal e relembrar a coragem do povo

José Manuel Bolieiro orgulhoso por celebrar a independência de Portugal e relembrar a coragem do ...
02 Dezembro 2016

O Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada afirmou, esta quinta-feira, na abertura das comemorações da Restauração da Independência (1640), estar orgulhoso por celebrar uma data tão importante como esta e pelo facto do Município relembrar a história da coragem do povo.

Na iniciativa da Autarquia, organizada em parceria com a Delegação dos Açores da Sociedade Histórica da Independência de Portugal (SHIP) e com o Comando Militar dos Açores, José Manuel Bolieiro saudou a reposição do mais antigo feriado português, afirmando que o mesmo “é um elemento importante do respeito pela nossa História”.

Expressando gratidão a Eduardo Ferraz da Rosa, responsável pela SHIP nos Açores, que incentivou a Autarquia para avançar com a celebração desta importante data da História de Portugal, José Manuel Bolieiro sublinhou “o brilho” do povo português e o facto das comemorações da Independência de Portugal em Ponta Delgada “trazerem ao presente uma parte da História que nos orgulha”.

“Não podemos desconsiderar o nosso passado para não comprometermos o futuro. Temos de celebrar a nossa História. É um orgulho para a Câmara de Ponta Delgada celebrar, com tão distintas autoridades civis e militares, a nossa História~. Parabéns a todos nós enquanto povo” - sustentou.

Eduardo Ferraz da Rosa, para quem o feriado do Dia da Independência de Portugal nunca deveria ter sido suspenso, destacou a “feliz e frutuosa parceria entre a Sociedade e a Câmara de Ponta Delgada, desde 2009, falando sobre a vida e obra do conferencista convidado, Eduardo Cintra Torres.

Segundo adiantou, comemorar hoje a Independência de Portugal é um ato de memória, associado aos tempos perigosos em que vivemos.
Por outro lado, evidenciou o papel estratégico e importante dos Açores na Independência de Portugal, que naquela época se encontrava sob o domínio filipino.

O conferencista convidado, Eduardo Cintra Torres, falou sobre “A multidão das Alterações de Évora na origem da Restauração”.

“As Alterações de Évora em 1637 poderiam ter sido mais um dos motins comuns na época, “sem nenhum inconveniente”, como os definia o rei Filipe IV, mas a complexidade da situação política em que se inscreveram e que elas mesmo criaram transformaram-na num acontecimento invulgar que se tornou “o fausto e elegante prelúdio da redenção lusitana”, nas palavras de D. Francisco Manuel de Melo.” - acentuou.

Cintra Torres averiguou “o papel das Alterações de Évora enquanto movimento social, e em especial o significado da sua multidão. Foi, afinal, um motim com muito inconveniente, que manteve o poder popular em Évora durante meses e que motivou complexas intrigas e ações políticas na cidade, em Vila Viçosa, em Lisboa, em Madrid, envolvendo as elites em ambos os países, e que teve repercussões numa Europa em conflitos armados.”

“O levantamento popular contra um aumento de impostos tornou-se, apesar do seu previsível desfecho, o símbolo da disposição do povo para se opor à dominação castelhana e uma indicação de que o clero e a nobreza, incluindo o próprio Duque de Bragança, estavam disponíveis para pôr termo à dominação estrangeira.” - disse.

No final da cerimónia, o Representante da República para os Açores, Pedro Catarino, afirmou que “a nossa História está repleta de exemplos e acontecimentos valorosos como o que hoje celebramos, demonstrando bem o querer e a bravura dos nossos antepassados”.

Saliente-se que as comemorações tiveram início com a atuação da Banda Militar dos Açores, que executou os hinos para o hastear de bandeiras.

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Ponta Delgada, 2 de dezembro de 2016
Assessoria de Imprensa
Lubélia Duarte