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José Manuel Bolieiro: “política não pode deixar de reconhecer os feitos da nossa História para as gerações presentes

José Manuel Bolieiro: “política não pode deixar de reconhecer os feitos da nossa História para as...
04 Julho 2017
CMPD

O Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, José Manuel Bolieiro, afirmou, esta manhã, junto ao Forte de São Brás, que “não pode ser dispensado à política encontrar a expressão do reconhecimento dos feitos da nossa História, sobretudo, para as gerações presentes.
José Manuel Bolieiro falava no primeiro dia das comemorações dos 100 anos do bombardeamento alemão a Ponta Delgada, durante a I Grande Guerra Mundial (4 de julho de 1917). Uma iniciativa da Autarquia, que conta com a parceria com o Comando da Zona Militar dos Açores e com o impulso do comissário das comemorações, Sérgio Rezendes.
“Tem sido uma opção municipal avançar com a preservação do nosso património. Hoje, estamos precisamente a preservar o nosso património, mas também a celebrar a nossa identidade, em cooperação com a Zona Militar dos Açores. Estamos a tornar presente os valores da nossa História” - sublinhou.
Ainda segundo José Manuel Bolieiro esta é, ainda, “uma liturgia pedagógica e educativa, uma parte, apesar de trágica, importante da nossa História, que Ponta Delgada se honra celebrar com o nosso povo”.
José Manuel Bolieiro referiu, por outro lado, que Ponta Delgada é relevante na historia da democracia, da liberdade e da ligação entre Portugal e os Estados Unidos da América.
Aproveitando a oportunidade, e a presença Herro Mustafa, Encarregada dos Negócios da Embaixada dos Estados Unidos da América em Portugal, entre muitas outras entidades, o Presidente da Câmara referiu-se às celebrações dos 251 anos da independência dos Estados Unidos da América, que coincidem com os 100 anos do ataque a Ponta Delgada, afirmando que estas são também um símbolo da liberdade.
Manuel Brandão, Presidente da Liga dos Antigos Combatentes, recordou a História dos 100 anos do ataque a Ponta Delgada, enquanto Herro Mustafa sublinhou a importância dos Açores, sobretudo de Ponta Delgada para os Estados Unidos da América, durante a I Grande Mundial, não esquecendo o dia da independência dos EUA, que hoje se assinala.
Durante o mês de julho, a maior Autarquia dos Açores vai evoca e assinala a efeméride do centenário do bombardeamento de Ponta Delgada, a 4 de julho de 1917, durante a I Grande Guerra Mundial.
“Ponta Delgada na I Guerra Mundial - no Centenário de todas as Mudanças”, é o título destas comemorações que hoje se iniciaram, numa cerimónia que teve lugar em frente ao Forte de São Brás, e contou com a presença de autoridades civis e militares, assim como das embaixadas alemã e americana, partes envolvidas na efeméride do bombardeamento de um submarino alemão que vitimou mortalmente uma pessoa, ferindo outras quatro, deixando, ainda, danos materiais em Ponta Delgada.
Foram disparadas 12 salvas de obus, içadas as Bandeiras Nacionais de Portugal, Alemanha e dos Estados Unidos da América, esta última por marines daquele país, numa alusão aos países envolvidos na I Grande Guerra Mundial e protagonistas do episódio do ataque a Ponta Delgada, cujo centenário se assinala nesta data.
No mesmo local, foi, ainda, prestada homenagem aos militares caídos em combate durante a Grande Guerra, com a deposição de uma coroa de flores, honrando o seu espírito de sacrifício ao lutarem e morrerem pela pátria.
Por outro lado, os CTT lançaram um envelope com carimbo de valor filatélico e colecionável em alusão à efeméride de Ponta Delgada que, mais tarde, será apresentado, em cerimónia camarária.
A 6 de julho será inaugurada a exposição “Ponta Delgada e a I Guerra Mundial - no Centenário de todas as Mudanças”, distribuída por dois espaços diferentes, o Museu Militar dos Açores e o rés-do-chão do centro comercial Solmar Avenida Center.
A primeira exposição será inaugurada às 16h00, no Museu Militar, e a segunda, às 17h30, no centro comercial. Ambas estarão patentes ao público até 3 de setembro e são explicadas num catálogo elaborado para o efeito, em Português, Alemão e Inglês.
Está, também, confirmada a participação de marines dos Estados Unidos da América no Seminário “A Grande Guerra e os Açores: da estratégia naval à guerra das trincheiras”, que se realiza no Museu Militar dos Açores, de 13 julho a 16 de julho, com um programa que passará, ainda, por um percurso cultural entre o Alto da Mãe de Deus e as Feteiras, palcos dos eventos onde decorreram o durante e o pós bombardeamento alemão.
A 19 de julho será inaugurada, às 18h00, uma exposição do Atelier de Pintura de Martim Cymbron, no hall de entrada dos Paços do Concelho, elaborada por alunos do artista.
Segue-se uma cerimónia de homenagem aos CTT, pelo papel relevante ao nível das comunicações, por ocasião do bombardeamento, sendo apresentado o carimbo, lançado no início de julho, cuja conceção e ilustração esteve a cabo de Martim Cymbron e de Francisco Carreiro.
A 26 de julho, às 11h00, proceder-se-á à homenagem pública a Tomásia Pacheco, única vítima mortal do bombardeamento de 4 de julho de 2017. Tinha apenas 16 anos de idade.
A homenagem será feita na casa onde morreu Tomásia Pacheco, na rua do Pilar, na Fajã de Cima. No local será colocada uma placa toponímica, informativa da efeméride, em resultado de uma proposta da Comissão Municipal de Toponímia de Ponta Delgada.
A 28 de julho, às 21h30, no Largo do Colégio de Ponta Delgada será realizado, pela Banda Militar dos Açores, um concerto de encerramento da iniciativa.
O programa de evocação e o assinalar da efeméride do centenário do bombardeamento de Ponta Delgada, na I Grande Guerra tem como Comissário Sérgio Rezendes, doutorado da Universidade dos Açores, especialista em História Mundial e autor do livro “A Grande Guerra nos Açores Património e Memória Militar”.
A iniciativa do Município vem destacar os Açores no centro do Atlântico, como eixo de passagem da civilização ocidental da sociedade contemporânea. Tem como parceiros a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, a Embaixada da República Federal da Alemanha em Portugal, a Embaixada dos Estados Unidos da América em Portugal e a Comissão Coordenadora das Evocações do Centenário da I Guerra Mundial.
CTT, Telégrafos e Telefones, o Comando Operacional dos Açores, a Zona Militar dos Açores, Regimento de Guarnição N.º2, Banda Militar dos Açores, United States Marine Corps., Colégio do Castanheiro, Liga dos Combatentes - Delegação de Ponta Delgada, Solmar Avenida Center, Leya (Livraria Solmar), Correios de Portugal, Ponto de Arte – Atelier de Pintura de Martim Cymbron e Museu Carlos Machado são outros dos parceiros da Câmara na iniciativa.