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Bolieiro expressa a sua preocupação com atual situação dos Direitos Humanos
O Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada expressou, esta tarde, a sua preocupação com a atual situação dos Direitos Humanos, alertando para o incumprimento dos mesmos e defendendo a necessidade de “celebrar, lembrar, reclamar e exigir”.
“É bom que tenhamos consciência de que passados 70 anos, passadas tantas civilizações e tantas guerras os Direitos Humanos não estão, ainda assim, a ser respeitados por todos. Em alguns países, a pobreza, o isolamento, a fome e a guerra têm criado uma violação clara aos Direitos Humanos e, enquanto isto, outros povos, outros países mais ricos e mais prósperos, têm virado as costas aos mais necessitados”, apontou José Manuel Bolieiro na abertura oficial da celebração da Declaração Universal dos Direitos Humanos que teve lugar esta tarde, Dia dos Direitos Humanos, no Largo da Matriz.
“Ainda não se cumpre o respeito pela pessoa na sua integralidade”, concluiu, acrescentando que “todos os dias é preciso lembrar o respeito dos Direitos Humanos” “para que haja sensibilidade entre os povos e os países”.
O edil considerou que, em alguns aspetos, assiste-se até a uma regressão no respeito dos Direitos Humanos.
O Presidente do Município expressou o seu orgulho pela adesão à iniciativa da Universidade dos Açores, promovida no âmbito do projeto “Unid@s pelos Direitos Humanos” e em parceria com a Câmara Municipal de Ponta Delgada, reveladora da consciência de que “há direitos que não estão a ser respeitados por todos” e que “ainda há tanto a fazer nesta matéria”.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi proclamada em Paris em 1948 pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Volvidos 70 anos, em Ponta Delgada, à semelhança do que aconteceu um pouco por todo o mundo, centenas de crianças, jovens e adultos, erguendo cartazes e bandeiras dos países da lusofonia, relembraram alguns desses direitos básicos para a dignidade da pessoa humana.
“Raça humana é só uma. Etnias mil e uma”, “Ter ou não ter religião é a tua opção”, “Pensa em liberdade e expressa a tua verdade”, “A educação é uma arma de afirmação” e “O género não é tudo, mas o caráter sim” foram apenas alguns dos direitos reafirmados esta tarde, na sequência do desafio lançado pelo Secretário-geral da Organização das Nações Unidas. António Guterres diz que todos têm o dever de defender estes direitos.