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Exposição de Pedro Sousa no Centro Municipal de Cultura

Exposição de Pedro Sousa no Centro Municipal de Cultura
12 Julho 2017
CMPD

A exposição “25”, da autoria de Pedro Sousa, vai ser inaugurada a 27 de julho, pelas 18h30, Galeria e Auditório do Centro Municipal de Cultura de Ponta Delgada e estará patente ao público entre 28 deste mês e 8 de setembro.
Esta exposição acaba por ser comemorativa dos 25 anos de carreira do artista, natural de Santa Maria, onde nasceu em 1970. Pedro Sousa vive e trabalha em Ponta Delgada, São Miguel. Iniciou-se como artista plástico em 1992.
Ao longo dos seus 25 anos de carreira trabalhou com técnicas e suportes muito variados, mantendo sempre o seu traço distintivo e construindo, quadro a quadro, o seu imaginário pessoal, onde têm lugar cativo o nu feminino e alguns motivos recorrentes como a maçã, o peixe e a máscara.
Das exposições coletivas em que participou destacam-se a II Bienal de Artes do Alentejo, a 5ª Exposição Internacional de Artes Plásticas de Vendas Novas e, mais recentemente, a Exposição “Arte Viva”, que teve lugar no Centro Municipal de Cultura de Ponta Delgada, em 2016.
No seu currículo conta com 40 exposições individuais. Muitas delas tiveram lugar na ilha de Santa Maria, onde iniciou a sua atividade e regressa com regularidade – na Câmara Municipal de Vila do Porto, no Centro Cultural Cristóvão Colombo, no Museu de Santa Maria e, mais recentemente, na Biblioteca Municipal de Vila do Porto.
Muitas outras exposições tiveram São Miguel como cenário - tanto em locais dedicados à arte, como a Academia das Artes dos Açores, o Centro Municipal de Cultura, a Galeria Arco 8 e várias galerias de Câmaras Municipais, como em locais menos expectáveis como hotéis, restaurantes e lojas.
Outras ainda ocorreram no território continental português, nomeadamente em Casas dos Açores, ou em museus de outras ilhas do arquipélago. A sua obra está representada em várias coleções particulares e institucionais.
Foi co-fundador e co-organizador, juntamente com Martim Cymbron, do movimento “Arte Viva”, que já vaina sua 11ª edição, cujo principal objetivo é desmistificar a arte e os artistas, aproximando estes do seu público.
Como escreve Aida Sousa (irmã do artista), no catálogo da exposição, “vinte e cinco anos pressupõe amadurecimento, ou talvez deva dizer maturidade, porque depois de 25 anos, o Pedro está na idade adulta relativamente à sua pintura.”
Porém, Pedro Sousa “desde cedo mostrava gosto e “jeito” para o desenho, como diziam os professores e os colegas na escola. Do “jeito” nasceu outra coisa: o interesse, a experimentação e o prazer que sentia perante o que o rodeava, desenhando tudo o que via – uma estrelícia, um girassol numa jarra, um palmito de Viana do Castelo da casa da mãe.”
Aida Sousa refere, por outro lado: “Como suporte utilizava tudo: as paredes brancas da casa serviram-lhe muitas vezes para realizar os seus desenhos, assim como os papéis que cobriam as mesas dos restaurantes. Nunca usou paletes, para misturar as tintas, mas sim objetos da cozinha - um copo, um prato pequeno, entre outros objetos que encontrasse para o efeito - e pintava no chão, na grande mesa do quarto de jantar, ou na mesa do quarto que arranjou para pintar, nunca utilizando os cavaletes.”
“O processo criativo era solitário e à noite, em silêncio. Assim apareceu a pintura como um processo através do qual foi possível simbolizar as suas emoções e sentimentos. É que “a pintura começa (...) onde as palavras fracassam”, disse Júlio Pomar. Tal como o Pe. António Vieira se referiu ao livro como “um mudo que fala”, poderia atribuir-se à pintura a mesma qualidade.” - acentua.
Ainda segundo Aida Sousa, o artista é “instintivo, ingénuo e apaixonado, liberto de formatos, ideias ou influências condicionantes de formas, de técnicas, de correntes ideológicas, “sem respeito” pelas regras rigorosas do naturalismo, o Pedro é inteiro, genuíno, “nada nele exagera ou exclui”. Pinta o que vê, o que sente e o que pensa. A pintura não se vê, sente-se – esta é a essência de qualquer expressão artística, se não é, deveria ser. O Pedro não é copista, é criativo, criador de coisa única e essa coisa única é que é arte.”